Morreu na madrugada desta sexta-feira, 14, Orival Pessini, criador de personagens como Fofão e Patropi. O ator, de 72 anos, lutava contra um câncer no fígado e no baço. Ele estava internado desde segunda-feira, 11, no Hospital São Luiz, no bairro Morumbi, em São Paulo. A notícia foi confirmada por Álvaro Gomes, empresário do humorista. O velório acontecerá no Cemitério Gethsêmani. Pessini era divorciado e deixa um filho e três netas.
A confirmação
Álvaro Gomes, empresário do ator, afirmou por meio do Facebook que Pessini faleceu às 4h.
“Uma pessoa que trouxe alegria a várias gerações com seu humor adulto ou para as crianças, com o Fofão”, disse.
Nascido em Pompeia (SP), na região de Marília, em 1944, Pessini iniciou a carreira no teatro amador e atuando em comerciais. Estreou na TV em 1963, no infantil “Quem conta um conto”, da TV Tupi. O sucesso viria anos depois, com os personagens Sócrates e Charles, do “Planeta dos Homens” (Globo).
O Fofão foi criado em 1983, para o programa “Balão Mágico” (Globo). O alienígena atrapalhado de enormes bochechas, nascido no planeta fictício “Fofolândia”, tornou-se um dos mais populares personagens infantis dos anos 1980.
Trajetória
Inspirado em Chico Anysio, que interpretava vários personagens com o advento do videotape, eu quis fazer o mesmo no teatro amador. Comecei a produzir as máscaras antes de entrar para a TV. A Globo ia lançar o programa ‘O planeta dos homens’ (1976), uma sátira ao ‘Planeta dos macacos’. Fúlvio Stefanini me indicou, fiz uma máscara de macaco e fui mostrar para o Boni em 1975. Criei o personagem Sócrates, que foi um sucesso na época. Quando terminou, Boni pediu que eu criasse um personagem infantil. Não queria nem ver o piloto, o que eu criasse iria para o ar direto. Na época, o filme ‘E.T.’ fazia um baita sucesso. Pensei: vou criar um extraterrestre que é uma mistura de urso, cachorro, porquinho, palhaço e gente. Daí, nasceu o Fofão. Nos últimos anos, ele se apresentava com a peça “Eles sou eu”, na qual interpretava sete personagens diferentes.
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