Inaugurado em 1989 o cemitério vertical de Curitiba é um dos cemitérios mais modernos do país! Sempre trazendo inovações o cemitério anunciou uma nova tecnologia que pode ser muito útil: O “detector de vida” tem um sensor, que é acionado se o corpo não entra em decomposição, e possui uma tubulação que leva o oxigênio para dentro da urna mortuária.

“Essa ideia surgiu do meu amigo Nelson Fernandes, que ficou preocupado com o caso do ator Sérgio Cardoso, que supostamente sofria de catalepsia, uma doença em que os sinais de vida ficam muito reduzidos, a ponto de acharem que ele havia morrido”, contou o diretor do Cemitério Vertical, Carlos Camargo, em entrevista ao radialista Geovane Barreiro durante o Jornal da Banda B 2ª reproduzida pelo portal Banda B.

Segundo ele, Fernandes se aprofundou no assunto por meio da obra “Os Enterrados Vivos”, de Peron-Autret. “A partir daí ele fez uma pesquisa, que indicou que de cada 100 pessoas, quatro eram enterradas vivas. Por isso, pensamos em desenvolver um mecanismo para ter certeza do óbito e dar mais conforto às famílias”, completou Camargo.

O diretor explicou que o sensor ‘enche’ com os gases que saem dos cadáveres quando estão em decomposição. Se há possibilidade de vida, o sistema fica vazio e não se mexe. Uma sirene, então, é ativada para avisar os responsáveis pelo cemitério. “Se em 72 horas o corpo ainda não apresentou sinais de decomposição e o alarme não tocou, nós temos uma carência de seis horas e, então, checamos a urna. Somos o único lugar no mundo que pode abrir a gaveta antes do prazo legal, que aqui é de três anos”.

Além disso, de acordo com Camargo, uma tubulação conduz o oxigênio para a pessoa dentro do caixão até ela ser resgatada. 

Caso em Londrina

Em Londrina, o caso de Milton Alves de Souza, de 68 anos, ficou conhecido depois que ele teve morte constatada, mas demonstrou sinais vitais enquanto o corpo era preparado para o velório.