A cremação não é algo novo, é uma pratica bem antiga que é muito mais comum no Oriente. A pratica de cremar começou por volta de 1.000 A.C. com os gregos e mais ou menos em 710 A.C. os Romanos também adotaram a pratica.  Nessas civilizações, como a cremação era considerada um destino nobre aos mortos, o sepultamento por inumação ou entumulamento era reservado aos criminosos, assassinos, suicidas e aos fulminados por raios (considerada até então uma “maldição” de Júpiter). As crianças falecidas mesmo antes de nascerem os dentes também eram enterradas.

No Japão, a cremação foi adotada com o advento do budismo, em 552 d.C., importado da China. Como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares para sepultamento, pois o Japão possui pouquíssimo espaço territorial, os japoneses incrementaram significativamente a prática. Em 1867, foi promulgada uma lei que tornava obrigatório incinerar as pessoas mortas por doenças contagiosas para um controle sanitário eficaz e eficiente, bem como para racionalizar e obter melhor uso da terra. Os cidadãos passaram a considerar normal cremar todos os mortos e todas as religiões passaram a recomendá-la.

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Urnas para cinza

A cremação e a Igreja Católica 

Recentemente a Igreja Católica voltou a tocar nesse assunto gerando uma certa polêmica. Um documento divulgado nessa Terça – Feira a Igreja deixa bem claro que não é recomendado grudar as cinzas em casa ou jogar em terrenos.

Por quase dois mil anos, o Vaticano permitia apenas o enterro dos defuntos, uma vez que o método expressava melhor a esperança cristã na ressurreição. Essa norma mudou em 1963, quando a incineração dos corpos passou a ser aceita, contanto que não indicasse a negação da fé pelo renascimento. Para a instituição, as cinzas e fragmentos de ossos dos mortos não podem ser conservados em casa uma vez que privaria a comunidade católica de lembrar os entes passados. Os vestígios, portanto, devem ser mantidos em locais sagrados, como cemitérios ou igrejas. Apenas em situações específicas as cinzas poderiam ser guardadas em residências, mediante autorização prévia de um bispo local. A Igreja não detalhou quais seriam esses cenários.

“O corpo morto não é uma propriedade privada dos parentes, mas um filho de Deus, integrante do povo de Deus. Precisamos superar esse pensamento individualista”, afirmou o cardeal Gerhard Mueller, autor do texto.

A Igreja se mostra fortemente contrária às ideias de que a morte é uma “fusão” com a Mãe Natureza e o universo, ou que significa uma “liberação definitiva” da prisão corporal. O lançamento das cinzas em terrenos, no ar, em oceanos ou lagos é visto como culto ao “panteísmo, naturalismo e niilismo”.

O documento ainda declara que um funeral católico pode ser negado a uma pessoa que indicar que o lançamento das cinzas signifique zombaria da fé.

Os restos mortais também não podem ser divididos entre parentes, nem colocados em medalhões ou outras peças de lembrança. A Igreja, contudo, declarou que não tentará reunir as diversas partes de corpos de santos espalhados pelo mundo, usados como relíquias por paróquias. “Ir a todos esses países que possuem a mão de alguém começaria uma guerra entre os fiéis”, argumentou o Monsenhor Angel Rodriguez Luno, conselheiro teológico do Vaticano.

Referencias

 

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