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Enterro ou cremação?

por Floricultura Marajoara


Postado em 01/09/2020 20:09



Enterro ou cremação ? Nada disso, dissolução do corpo após a morte ganha adeptos.

Essa historia começa na terra dos 10 mil lagos, Minnesota nos Estados Unidos, mais especificamente na cidade de South Long Lake. Robert J Klink viveu praticamente toda sua vida próximo a água. Ele pescava, caçava e se divertia com a família sempre a beira de um lago. Era a grande paixão da vida dele.

Robert, tinha câncer do cólon e no fígado e já manifestava interesse de ser cremado. Pouco antes da sua morte acontecer em março, sua esposa Judi Olmsted foi até uma funerária na cidade e contou a vontade do marido em ser cremado, nesse momento foi apresentando para ela um novo método de cremação, um método que utiliza água. A casa funerária chama o processo de ”cremação alternativa ecológica”. No seu processo ela utiliza de uma solução alcalina feita a partir de hidróxido de potássio.

“De início, pensei ‘bem, eu não sei nada sobre isso'”, disse Olmsted. “Mas quanto mais eu pensava sobre aquilo, mais eu acreditava que era a melhor opção.”    

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Foto: BBC.COM

Qual impacto ambiental de um sepultamento, cremação e a da cremação alternativa ecológica ?

O impacto de um sepultamento é muito grande na natureza. Existem diversos fatores que acabam prejudicando o meio ambiente.

A cremação também tem impacto ambiental. Para queimar um corpo, o equipamento crematório produz calor suficiente para aquecer uma casa durante uma semana no inverno congelante do Minnesota.

A funerária local é um dos 14 estabelecimentos do mundo a oferecer a opção “verde” – acredita-se que a hidrólise alcalina é ambientalmente mais correta do que a cremação tradicional.

O benefício ambiental não, porém, é o único fator a influenciar a decisão.

Ao escolher a cremação verde, Judi Olmsted pensou na paixão que Klink tinha pela água e relacionou o método aquoso ao batismo, o que achou comovente.

O processo transforma os ossos em pó, que, no caso de Klink, foi depositado próximo a flores, fotos e um pato de madeira numa igreja luterana no subúrbio de St Paul, em Minnesota.

Como funciona ?

O equipamento de hidrólise alcalina tem 1,8 m de altura, 1,2 m de largura e 3 m de profundidade. A aparência industrial da máquina contrasta com a intensidade sombria da sala de visualização.

Não é difícil imaginar quem escolheria assistir seu parente ou amigo sendo colocado num máquina que é conhecida como “digestor de tecidos”. Em seguida, Bradshaw e seu colega, David Haroldsen, movem um corpo pela porta.

O corpo – que não me foi identificado – é colocado na máquina. Bradshaw opera o equipamento por uma tela de computador – depois de trancada, a máquina se enche de água.

“A hidrólise alcalina é o processo natural pelo qual o corpo passa quando é enterrado. Aqui recriamos as condições ideais para isso acontecer muito, muito mais rápido”, diz Bradshaw.

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Foto: BBC.COM

Num cemitério, o processo leva décadas. No equipamento, são 90 minutos – embora o processo subsequente de enxaguamento leve mais tempo.

Depois de três a quatro horas, a porta é destrancada e o diretor funerário vê ossos molhados espalhados numa bandeja de metal. Num compartimento longe da vista, são depositados os restos líquidos dos tecidos dissolvidos.

O cômodo onde está a máquina tem um cheiro parecido com o de um lavanderia. Mas a eliminação desses resíduos e o tratamento da água ainda preocupam as pessoas.

Bradshaw seca os ossos numa secadora de roupa doméstica. “Funciona melhor”, explica.

Os ossos são, então, colocados numa máquina usada na cremação regular. A diferença é que o pó resultante é mais fino e mais claro, parecido com o da farinha – e produz 30% a mais em quantidade.

Até agora, o digestor de tecido de Bradshaw processou mais de 1,1 mil corpos, quase um por dia.

Parte desse texto foi retirado do portal de noticias G1

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